sexta-feira, 20 de novembro de 2009

RESENHA



Esta resenha trata sobre um trabalho apresentado à disciplina Comunicação e Expressão, sob orientação da professora doutora Joana Osmundo, pelas alunas do segundo semestre do curso de Enfermagem da UNIP – Universidade Paulista, sob denominação “APRENDER DIABETES”. O tema escolhido pelo grupo foi Diabetes Mellitus tipo II, em pacientes inseridos em um programa de assistência aos portadores de Diabetes Mellitus, realizado pela Secretaria de Assistência Médica do Senado Federal. Com efeito, o enfoque da pesquisa deu-se por meio de uma amostragem aleatória de pacientes freqüentadores do programa, submetidos ao questionário investigativo sobre o comportamento desses sujeitos. Assim, o referido programa criado em 1992, consta com atuação de multiprofissionais objetivando: conscientização, controle sobre a patologia e promoção de qualidade de vida por meio da manutenção de índices glicêmicos aceitáveis aos portadores da patologia que acometem os funcionários da instituição acima citada. Efetivamente, a Sociedade Brasileira de Diabetes (2006, p. 15.), considera o Diabetes Mellitus uma epidemia mundial, que acomete os indivíduos obesos, sedentários e com hábitos alimentares irregulares, fazendo com que o órgão deixe de produzir hormônio ou produza de forma insuficiente, acarretando uma série de conseqüências desfavoráveis ao equilíbrio orgânico, impedindo inclusive a produção de energia, prejudicando a qualidade de vida do paciente, visto que este fica acometido por: hipertensão arterial, cardiopatias, neuropatias, síndrome do pé diabético, perda da acuidade visual e falência renal. Desse modo, a diabetes do tipo 1 ocorre quando as células do pâncreas que fabricam a insulina, hormônio que ajuda a glicose a entrar nas células, foram destruídas e tipo 2 quando a produção de insulina não é suficiente, ou seja, as células não conseguem aproveitar essa insulina de forma correta. No entanto, isso só acontece devido o descaso desses pacientes com relação aos vários programas de assistência e a resistência em seguir orientações de dieta alimentar balanceada e práticas de atividades físicas. De acordo com a Revista Veja (2009, Edição 2131 - 23 de setembro de, p. 101), diabéticos morrem de ataque cardíaco ou derrame cerebral, até 20% morrem de falência renal, 10% desenvolvem deficiência visual grave e, após os quinze anos de diabetes, 2% ficam cegos, 50% são afetados por doenças nervosas que combinadas a problemas circulatórios nas pernas aumentam o risco de amputação. Isso se deve, ao excesso de açúcar na alimentação, ao tabagismo, lanche em fast-food, o estilo de vida sedentário, entre outras causas. Efetivamente, este estudo teve por objetivo, avaliar o índice glicêmico decorrente da ingestão alimentar associada a interação medicamentosa e prática de atividade física. Nessa perspectiva, a resposta metabólica às intervenções praticadas nos pacientes portadores de diabetes tem que analisar vários fatores atuantes, tais como: dieta nutricional adequada, prática de atividade física, uso de hipoglicemiantes, hábitos saudáveis, como antitabagismo e abstinência de bebidas alcoólicas. Esses fatores irão determinar os índices glicêmicos, por meio de exames laboratoriais de sangue venoso e capilar periférico. Desse modo, na amostragem fica claro, a frustração quanto aos resultados almejados em pacientes freqüentadores do programa. Notamos que, as informações colhidas por meio de questionário dirigido sejam satisfatórias as propostas do programa. Assim, os resultados não conferem credibilidade, pela incoerência dos índices glicêmicos apresentados. Fica claro, que a baixa adesão à prevenção e tratamento dá-se ao fato da patologia não causar desconfortos ou dores, com exceção no estágio avançado da doença.


BIBLIOGRAFIA


-Atualização Brasileira Sobrre Diabetes, Sociedade Brasileria de Diabetes, página 15, Diagraph Editora, Rio de Janeiro, 2006


-Atualização Brasileira sobre diabetes. Rio de Janeiro. Diagraphic Editora. 2006. Versão atualizada


-Revista Veja, Editora Abril, Edição 2131 - Ano 42 - número 38, 23 de setembro de 2009


-http://belezaesaude.dae.com.br/diabetes


-http://www.abcdasaude.com.br


-http://www.diabetes.org.br


-http://www.youtube.com/watch?v=sPGB9CmdRao










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HISTÓRIA EM QUADRINHOS

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VÍDEO ENTREVISTA

http://www.youtube.com/watch?v=sPGB9CmdRao

SAÚDE DO ADULTO – GRUPO DE DIABÉTICOS


Nesse blog desenvolveremos um projeto de pesquisa, apresentado à Universidade Paulista – UNIP, destinado ao cumprimento da disciplina de Comunicação e Expressão, sob a orientação da Professora Drª. Joana Ormundo.O mesmo terá como foco, pacientes adultos portadores de Diabetes Mellitus tipo II, assistidos semanalmente em um programa executado por equipe multidisciplinar do Serviço de Assistência Médica e Social do Senado Federal. O objetivo deste é avaliar o índice glicêmico decorrente de ingestão alimentar associada à interação medicamentosa e prática de atividades físicas. Escolhemos este tema, por ser tratar de um mal que atinge cada vez mais pessoas no mundo inteiro, sendo que muitos nem têm o conhecimento. Além do mais, temos uma integrante do grupo que trabalha no local de assistência ao diabético, tendo fácil acesso ao material humano para realizar a pesquisa de campo.Pretendemos desenvolver o presente trabalho de forma dinâmica e descontraída, com gráficos comparativos, depoimentos, enquetes, sugestões e dicas.Portanto, desejamos atingir diversos públicos e atrair pessoas não só nos limites acadêmicos, mas toda a comunidade dos diabéticos e a sociedade que deseja saber um pouco mais sobre a patologia, sem fronteiras para o conhecimento.




I- APRESENTAÇÃO


A secretaria de Assistência Médica do Senado Federal mantém em suas atividades, um programa de Assistência aos Diabéticos voltados aos funcionários, seus dependentes e terceirizados portadores da doença.
Este programa teve inicio no ano de 1992, sob coordenação da Enfermeira Vanda Maria Barros Mendes, funcionária efetiva do cargo, com apoio de profissionais envolvidos neste tipo de assistência e,concomitantemente criou-se o ambulatório do pé diabético desenvolvido pela própria Enfermeira.
Atualmente o programa, coordenado pela Enfermeira Silvia Maria C. Ferreira, conta com o apoio de multiprofissionais tais como: endocrinologista, nutricionista, psicólogo, equipe de enfermagem e médicos que possam atender as patologias associadas.
Todo trabalho de atenção é voltado à orientação do “bom convívio” com a patologia, visando qualidade de vida.
Os pacientes recebem todo tipo de esclarecimento havendo uma interação com os profissionais de forma bastante dinâmica.Os índices glicêmicos são controlados, as dietas orientadas com práticas nutricionais, a atividade física é enfatizada e estimulada e os insulinodependentes recebem a medicação bem como os insumos necessários à sua administração.
Notamos que os pacientes inscritos, referem-se ao programa com muita simpatia demonstrando total satisfação com o atendimento a eles dispensado. Alguns mencionam que sentem até certa ansiedade à espera da próxima semana para o encontro.
O convívio do grupo com os profissionais envolvidos dá-se de uma forma humanizada criando-se até um vínculo afetivo.A assistência prestada a estes pacientes é o “modelo de ideal” tão distante da realidade dos remotos lugarejos aonde o SUS não chega.
O presente grupo será alvo de pesquisa para os alunos do segundo semestre do curso de Enfermagem da Universidade Paulista – UNIP, através de observação, questionário informativo, entrevista, análise e comparações de dados obtidos.


II-OBJETIVO

Avaliar o índice glicêmico decorrente de ingesta alimentar associada à interação medicamentosa e prática de atividade física.


III – INTRODUÇÃO

ENTENDENDO O DIABETES

O Diabetes Mellitus é hoje considerado um problema de saúde pública principalmente no Brasil.
Além dos fatores predisponentes, como o genético, o modo de vida moderno favorece o aparecimento da doença, como por exemplo, a obesidade por maus hábitos alimentares e sedentarismo.
O pâncreas secreta num hormônio chamado insulina responsável pelo metabolismo dos açúcares. Quando o órgão não produz o hormônio o indivíduo passa a ser portador de Diabetes tipo I; quando a produção é insuficiente a denominação é Diabetes tipo II. Há ainda outros dois tipos de Diabetes como a gestacional e outro denominado Resistência Periférica à insulina, quando não há deficiência na produção mas as células não têm receptores impedindo o metabolismo da glicose.
Como a glicose não consegue ser metabolizada para dentro da célula, fica na corrente sanguínea desencadeando uma série de consequências desfavoráveis ao equilíbrio orgânico (homeostase), valendo ressaltar a falta essencial que fará para a produção de energia.
As patologias decorrentes da hiperglicemia são tão complexas que prejudicam a qualidade de vida do paciente como: hipertensão arterial, cardiopatias, neuropatias, síndrome do pé diabético, perda da acuidade visual e a mais grave sendo a falência renal.
Notamos com assiduidade certo “descaso “ do paciente em relação à sua patologia. Embora a sociedade conte com vários programas de Assistência aos Portadores de Diabetes, estes, são negligentes e resistentes em seguir orientações de dieta alimentar, prática de atividade física e dieta balanceada; a princípio o Diabetes não dói.
O objetivo principal dos profissionais de saúde quanto ao controle desta patologia vem de forma cansativa e exaustiva priorizando a orientação nutricional, conscientizando seu público alvo quão grave ela se torna se ignorada em seus vários aspectos degenerativos.
O estilo de vida moderna, com seus fast foods, stress, locomoção motorizada, facilidades de resolver problemas pela internet (como práticas bancária) são combustíveis favoráveis ao aparecimento e ou agravamento da patologia.
Há dois tipos de diabetes: o diabetes tipo 1 ocorre quando as células do pâncreas que fabricam insulina, hormônio que ajuda a glicose a entrar nas células, foram destruídas. No tipo 2 a produção de insulina não é suficiente ou as células não conseguem simplesmente aproveitá-la de forma correta – a chamada resistência à insulina.



ESTUDOS DE INTERVENÇÃO NA PREVENÇÃO DO DM2 COM ENFOQUE NA MODIFICAÇÃO DO ESTILO DE VIDA



Malmö Study(10)
Seis mil, novecentos e cinqüenta e seis homens (47 e 49 anos) foram classificados (OMS) em saudáveis, com tolerância à glicose diminuída (TGD) e diabéticos, e alocados em um grupo tratado com dieta e exercício físico e outro não-tratado. Em cinco anos de acompanhamento observou-se:

• diabéticos recém-diagnosticados – 54% de remissão ou melhora da tolerância à glicose (TG);

• tratados com TGD – 76% de melhora da TG, sendo que em 53% houve normalização da alteração na TG;

• não-tratados com TGD – piora de 67% da TG;

• saudáveis tratados – nenhum evoluiu para diabetes, com redução de 5% na TGD.



FONTE: Atualização Brasileira Sobrre Diabetes, Sociedade Brasileria de Diabetes, página 15, Diagraph Editora, Rio de Janeiro

APRENDENDO DIABETES

A incidência de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) na atualidade atinge proporções epidêmicas, demandando um alto custo tanto econômico quanto social. Nesse sentido, atenção tem sido dispensada aos diferentes níveis preventivos da doença. A prevenção terciária, em que complicações já ocorreram, é, ainda hoje, a que consome a maior parte dos investimentos. A prevenção secundária tem merecido discussões desde os resultados dos grandes ensaios, mostrando a importância do tratamento adequado do diabético sem complicações. A prevenção primária, de interesse mais recente e enfoque dessas diretrizes, tem como finalidade impedir o aparecimento da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) cita ainda um último nível de prevenção, o primordial, o qual objetiva evitar o surgimento de fatores de risco para DM2.


OBJETIVOS DE PREVENÇÃO

Observando-se a evolução do diabetes, percebe-se que complicações macrovasculares se iniciam prematuramente, enquanto as microvasculares aparecem quando já existem elevações nas glicemias. Existe
a necessidade de intervenção precoce para a prevenção da doença macrovascular antes das alterações glicêmicas. Nesse sentido, ênfase deve ser dada às modificações da qualidade ou do estilo de vida nos programas de atenção primária. No que tange à prevenção secundária, a redução do peso nos indivíduos recém-diagnosticados é de granderelevância clínica. Existem dados que mostram controle glicêmico ou mesmo remissão do diabetes em pacientes obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica. A perda de 5% a 10% de peso, além de possibilitar o alcance das metas glicêmicas, retarda a progressão, reduz as necessidades insulínicas e permite a retirada do tratamento farmacológico.
Os resultados do Diabetes Epidemiology: Collaborative Analysis of Diagnostic Criteria in Europe (DECODE)(1)demonstram a importância da glicemia pós-prandial (GPP) como marcador para doença cardiovascular. O Diabetes Control and Complications Trial (DCCT)(2) e o UK Prospective Diabetes Study (UKPDS) (3) mostraram que o tratamento intensivo, mesmo em fase de doença instalada, consegue prevenir ou postergar as complicações.

FATORES DE RISCO

Fator de risco significa maior chance de desenvolver a doença. Em relação aos fatores de risco modificáveis no diabetes tipo 2, particularmente sobrepeso e sedentarismo, o Estudo das Enfermeiras demonstrou que o incremento do índice de massa corporal (IMC) aumenta a incidência ou o risco de se desenvolver diabetes(4). Outro dado obtido desse ensaio evidencia que quanto maior o ganho de peso na vida adulta, maior o risco de se adquirir DM, inclusive indivíduos que iniciaram o estudo com peso adequado(5).
A distribuição central de gordura também assume um papel importante na gênese do diabetes. Hartz et al. mostram que aqueles com IMC normal e relação cintura/quadril > 0, apresentam risco aumentado de apresentar a doença(6).
O estudo de Helmrich et al. chama a atenção para outro fator de risco modifcável, o gasto energético através de exercícios físicos, demonstrando que quanto menor o nível de atividade física, maior o risco de se desenvolver DM(7).
Gimero et al. fizeram um estudo observacional numa comunidade de origem japonesa residente no Brasil. Em um período de sete anos, a prevalência de diabetes nessa população aumentou de 21% para 36%, valores atribuídos à mudança no padrão dietético, particularmente a maior ingestão de gordura().
Todos esses são pontos passíveis de intervenção para reverter o processo epidêmico no surgimento do diabetes tipo 2().

FONTE: Atualização Brasileira sobre diabetes. Rio de Janeiro. Diagraphic Editora. 2006. Versão atualizada