A secretaria de Assistência Médica do Senado Federal mantém em suas atividades, um programa de Assistência aos Diabéticos voltados aos funcionários, seus dependentes e terceirizados portadores da doença.
Este programa teve inicio no ano de 1992, sob coordenação da Enfermeira Vanda Maria Barros Mendes, funcionária efetiva do cargo, com apoio de profissionais envolvidos neste tipo de assistência e,concomitantemente criou-se o ambulatório do pé diabético desenvolvido pela própria Enfermeira.
Atualmente o programa, coordenado pela Enfermeira Silvia Maria C. Ferreira, conta com o apoio de multiprofissionais tais como: endocrinologista, nutricionista, psicólogo, equipe de enfermagem e médicos que possam atender as patologias associadas.
Todo trabalho de atenção é voltado à orientação do “bom convívio” com a patologia, visando qualidade de vida.
Os pacientes recebem todo tipo de esclarecimento havendo uma interação com os profissionais de forma bastante dinâmica.Os índices glicêmicos são controlados, as dietas orientadas com práticas nutricionais, a atividade física é enfatizada e estimulada e os insulinodependentes recebem a medicação bem como os insumos necessários à sua administração.
Notamos que os pacientes inscritos, referem-se ao programa com muita simpatia demonstrando total satisfação com o atendimento a eles dispensado. Alguns mencionam que sentem até certa ansiedade à espera da próxima semana para o encontro.
O convívio do grupo com os profissionais envolvidos dá-se de uma forma humanizada criando-se até um vínculo afetivo.A assistência prestada a estes pacientes é o “modelo de ideal” tão distante da realidade dos remotos lugarejos aonde o SUS não chega.
O presente grupo será alvo de pesquisa para os alunos do segundo semestre do curso de Enfermagem da Universidade Paulista – UNIP, através de observação, questionário informativo, entrevista, análise e comparações de dados obtidos.
II-OBJETIVO
Avaliar o índice glicêmico decorrente de ingesta alimentar associada à interação medicamentosa e prática de atividade física.
III – INTRODUÇÃO
ENTENDENDO O DIABETES
O Diabetes Mellitus é hoje considerado um problema de saúde pública principalmente no Brasil.
Além dos fatores predisponentes, como o genético, o modo de vida moderno favorece o aparecimento da doença, como por exemplo, a obesidade por maus hábitos alimentares e sedentarismo.
O pâncreas secreta num hormônio chamado insulina responsável pelo metabolismo dos açúcares. Quando o órgão não produz o hormônio o indivíduo passa a ser portador de Diabetes tipo I; quando a produção é insuficiente a denominação é Diabetes tipo II. Há ainda outros dois tipos de Diabetes como a gestacional e outro denominado Resistência Periférica à insulina, quando não há deficiência na produção mas as células não têm receptores impedindo o metabolismo da glicose.
Como a glicose não consegue ser metabolizada para dentro da célula, fica na corrente sanguínea desencadeando uma série de consequências desfavoráveis ao equilíbrio orgânico (homeostase), valendo ressaltar a falta essencial que fará para a produção de energia.
As patologias decorrentes da hiperglicemia são tão complexas que prejudicam a qualidade de vida do paciente como: hipertensão arterial, cardiopatias, neuropatias, síndrome do pé diabético, perda da acuidade visual e a mais grave sendo a falência renal.
Notamos com assiduidade certo “descaso “ do paciente em relação à sua patologia. Embora a sociedade conte com vários programas de Assistência aos Portadores de Diabetes, estes, são negligentes e resistentes em seguir orientações de dieta alimentar, prática de atividade física e dieta balanceada; a princípio o Diabetes não dói.
O objetivo principal dos profissionais de saúde quanto ao controle desta patologia vem de forma cansativa e exaustiva priorizando a orientação nutricional, conscientizando seu público alvo quão grave ela se torna se ignorada em seus vários aspectos degenerativos.
O estilo de vida moderna, com seus fast foods, stress, locomoção motorizada, facilidades de resolver problemas pela internet (como práticas bancária) são combustíveis favoráveis ao aparecimento e ou agravamento da patologia.
Há dois tipos de diabetes: o diabetes tipo 1 ocorre quando as células do pâncreas que fabricam insulina, hormônio que ajuda a glicose a entrar nas células, foram destruídas. No tipo 2 a produção de insulina não é suficiente ou as células não conseguem simplesmente aproveitá-la de forma correta – a chamada resistência à insulina.
ESTUDOS DE INTERVENÇÃO NA PREVENÇÃO DO DM2 COM ENFOQUE NA MODIFICAÇÃO DO ESTILO DE VIDA
Malmö Study(10)
Seis mil, novecentos e cinqüenta e seis homens (47 e 49 anos) foram classificados (OMS) em saudáveis, com tolerância à glicose diminuída (TGD) e diabéticos, e alocados em um grupo tratado com dieta e exercício físico e outro não-tratado. Em cinco anos de acompanhamento observou-se:
• diabéticos recém-diagnosticados – 54% de remissão ou melhora da tolerância à glicose (TG);
• tratados com TGD – 76% de melhora da TG, sendo que em 53% houve normalização da alteração na TG;
• não-tratados com TGD – piora de 67% da TG;
• saudáveis tratados – nenhum evoluiu para diabetes, com redução de 5% na TGD.
FONTE: Atualização Brasileira Sobrre Diabetes, Sociedade Brasileria de Diabetes, página 15, Diagraph Editora, Rio de Janeiro
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